quarta-feira, janeiro 31, 2007

Sidney Sheldon




11 de fevereiro 1917 a 31 de janeiro de 2007

Sobrevivente - Anônimo


Esse texto, anônimo, foi encontrado ao fim da segunda Guerra Mundial num campo de concentração nazista:"Sou sobrevivente de um campo de concentração.Meus olhos viram o que ninguém deveria ter visto.Câmaras de gás construídas por engenheiros formados.Crianças envenenadas por médicos diplomados.Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas.Mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades.Assim... são muitas as minhas suspeitas sobre a educação!"

Não Desejarás - Sérgio Cohan



Não desejarás a mulher do próximo!... ... e a mulher do próximo, pode me desejar?E se desejo o próximo ou ele me deseja?E se o próximo não deseja a mulher dele?E se a mulher do próximo não deseja ele?E se os três nos desejamos?E se ninguém deseja ninguém?E se minha mulher deseja a mulher do próximo?E, por que não... o próximo?E se o próximo deseja minha mulher?E se eu desejo a minha mulher e a do próximo?E se ambas me desejam?E se... todos nos desejamos?...Sempre aparecerá alguém para dizer: "vamos parar por aí!... não desejarás!... e ponto final!"

Nós Mesmos


Entre nós alguém sente, pensa, outro escreve.
Entre nós discordamos do que sentimos, do que fazemos, e sempre um de nós será a cruz, o carma, outro a salvação completa.
De nós um será apaixonável, apaixonante, delirante, outro cotidianamente banal.
Todas as vezes que precisarmos um do outro é porque entre nós lucraremos a rodo, ganharemos, sorriremos juntos e cada qual cumprirá seu papel jornal.
Não nos odiaremos, afinal, pois temos um ao outro em cada um, somos imagem e semelhança, porém um existe na idéia outro no papel, um vive por ai outro guardado a sete chaves como segredo inviolável.
Nos defendemos, pois nos dependemos, somos irmãos de sangue e, por incrível que pareça, completamente diferentes na cama. Enquanto um ama outro trepa e trocamos de papéis, pois gostamos do que o outro faz, assim lidamos diariamente com nossas funções. Eu amores, você perdedores, você olhares, eu banalidades.
Um é poesia distraída, outro resposta exata. Um converge outro diverge. Somos os mesmos nas curvas, descidas embaladas, mas quando freiamos somos a diferença da distância de onde paramos.
Somos os mesmos, um poeta, outro concreta. Um se enerva outro se expressa. Somos nossas necessidades, nossas explicações molestas, nossas próprias irreverências discretas.
Somos, que assim seja, o sorriso obtuso da descrença, a força ampliada da beleza. A confusão mais profunda da macheza. Somos nós que insistimos em separar nós mesmos.

sanduiiche-iche

domingo, janeiro 28, 2007

Os Assad

Olá leitores, olá amigos...não necessariamente nessa ordem.
Sou amante da família Assad, esta que segue abaixo. Lembro-me de ter tido a felicidade de ouvi-los em sua cidade natal toda a família, pai, mãe e filhos. Época em que eu estudava viloão erudito no conservatório de Tatuí. Na virada da vida fui obrigado a me dedicar as artes cênicas, que por felicidade, sou muito grato a vida que me deu. Mas ainda me saúda as lembranças dos calos nos dedos, das únhas da mão direita, lixa d'água, alongamento nas mãos, pastas e pastas que iam das sonhadas e desejadas até, claro, as que eram possíveis de se executar. Lembro-me que separava as partituras entre as óbvias, as futuras e as impossíveis, onde aqui guardava Chaconne de Bach, Concerto de Aranjuez, muitas de Agustini Barrios...etc. Hoje dou muita risada, mas foi um época que eu levava tão a sério que chegava a tocar em horário de almoço, madrugada, café da manhã. Bem, de tudo, além da paixão pela música e o aprendizado levado a sério, como uma transferência de aprendizado, para o teatro, fiquei amante do som dos Assad. Como não sabia o que escrever, talvez pelo tanto que se represente, concentrei-me no óbvio e busquei um texto simples tirado do site ClicMusic. Lá tem data de nascimento, cidade natal, um breve histórico....mas gente, são muito além tá? Aproveitem, ao menos o que tem em vídeo, e começem a ouvir os Assad.
Hoje penso seriamente em voltar pro instrumento; Ouvindo-os, então, mais ainda!

Badi Assad


Irmã caçula dos violonistas Sérgio e Odair Assad (o Duo Assad), Badi Assad, nascida em São João da Boa Vista (SP), também seguiu a carreira musical, como violonista, cantora, percussionista e compositora. Seus estudos musicais começaram na infância, com um pequeno teclado. Aos 14 anos, quando os irmãos mais velhos saíram de casa para desenvolver uma carreira internacional como concertistas, começou a tocar violão para acompanhar o pai, bandolinista. Depois formou-se em violão no Rio de Janeiro. Venceu o Concurso Jovens Instrumentistas em 1984, e a partir de então passou a explorar novas possibilidades com a voz e a percussão do próprio corpo. Seu primeiro álbum solo foi "Dança dos Tons", lançado em 89. No início da década de 90 apresentou-se em festivais como Free Jazz Festival e Heineken Concerts ao lado de Heraldo do Monte, Raul de Souza, Raphael Rabello, Dori Caymmi e outros. A carreira internacional tomou força a partir de 94, quando assinou com o selo Chesky Records e gravou o disco "Solo". No ano seguinte foi a vez de "Rhythms", que obteve repercussão no cenário violonístico. Depois vieram "Echoes of Brazil" (97) e "Chamaleon" (Verve, 99), aclamado pela crítica internacional. A experimentação sonora com a voz e o corpo são marcas registradas de seu trabalho.

Duo Assad e Yo Yo Má


Formado pelos irmãos paulistas Sérgio Simão Assad (26/12/52) e Odair Simão Assad (24/10/56), de São João da Boa Vista, tornou-se um fenômeno internacional pela qualidade da sonoridade de seus violões. Conhecidos pelo virtuosismo, revitalizaram o universo da composição contemporânea para violão. Começaram a tocar em casa, com o pai, que gostava de choro. Em 1969 mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde estudaram violão clássico por sete anos com Monina Tavora, ex-pupila de Andres Segovia. No final da década de 70 começaram a investir na carreira internacional, ganhando o prêmio máximo em Bratislava (Eslováquia). Depois viajaram para os Estados Unidos e a partir de 1983 radicaram-se na Europa. O Duo Assad chamou a atenção da crítica especializada por sua total sintonia de técnica e interpretação. Por serem irmãos, Sérgio e Odair começaram a tocar na mesma época, tiveram aula com os mesmo professores e aprenderam as mesmas técnicas, resultando em uma interação absoluta entre o som dos dois violões. Tiveram uma carreira de muito sucesso na Europa, participando de festivais em todo o mundo e colecionando prêmios. Compositores como Astor Piazzolla e Radamés Gnattali compuseram peças especialmente para o duo, que também se apresentou acompanhado por orquestras em vários países. A irmã da dupla, Badi Assad, também é violonista.